Dúvidas

Photo by Jules Bss on Unsplash

Muitas pessoas procuram a minha ajuda porque estão a sentir um bloqueio nas suas vidas, por sentirem uma perda de vitalidade, satisfação ou significado. Por vezes estão a atravessar uma depressão, dificuldades nos seus relacionamentos, lutas para lidar com experiências de vida dolorosas, autocrítica, ansiedade, ou uma insatisfação com o seu trabalho. 

Como psicóloga, exerço uma forma de terapia baseada em evidências, o que significa que o meu trabalho clínico é fundamentado por pesquisas empíricas que identificam os métodos que a ciência demonstrou ser mais eficazes. O modelo de psicoterapia que pratico, Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), utiliza processos como atenção plena, aceitação e valores, de modo a que possa desenvolver as competências necessárias para lidar com mais eficácia com as dificuldades que possa estar a experienciar. 

Mas uma vida bem vivida é mais do que apenas ausência de dificuldades; é a presença de significado e propósito. Portanto, em vez de apenas nos focarmos naquilo que não quer na sua vida, estou mais interessada em ajudar a reorientar-se para o que QUER que a sua vida seja. 

Procuro criar um processo de colaboração para que viva a sua vida com integridade, propósito e significado, mesmo quando a dor inevitável da vida nos visita. Muitos de nós não tivemos muitas oportunidades de explorar o que "viver bem" significa ou seria para nós pessoalmente. Portanto, além de identificar áreas problemáticas ou de estagnação, trabalho para explorar como criar uma vida significativa em direcção ao que é mais importante para si.  

A psicoterapia pode ser um grande investimento de tempo, recursos e energia. Os dados científicos sugerem (e os meus 15 anos de experiência clínica também me vêm a mostrar) que, para muitas pessoas, os maiores ganhos ocorrem geralmente no início da terapia, durante os primeiros meses. Portanto, para ajudar meus clientes a tirar o máximo proveito do seu investimento na terapia, trabalho num modelo focado e limitado no tempo. Durante as primeiras sessões, falaremos sobre o seu ponto de partida, o que está acontecer atualmente na sua vida e identificaremos uma área ou meta específica que gostaria de focar no nosso trabalho. Também definiremos um período específico de tempo em que ambos nos comprometemos a desenvolver a nossa colaboração, que pode ser de 1 a 3 meses. O meu objetivo será o de criar um contexto onde possa fazer um trabalho intensivo e focado numa área particular que seja significativa para si, de modo que possa ir colocando em prática  as estratégias e competências que levarão a mudanças concretas na sua vida. No final das sessões/tempo planeado ou quando sentir que é o momento ideal, é importante que procure implementar na sua vida o que explorámos na consulta. Pode escolher mais tarde, voltar e dar continuidade ou focar noutra área ou não. A ideia é que possamos manter o nosso relacionamento terapêutico de forma que possa retornar sempre que achar que lhe seria útil. 


No início do processo psicoterapêutico é fundamental que tenha toda a informação que seja importante para si, nomeadamente sobre o curriculum, experiência, sobre a natureza e curso previsível do processo de psicoterapia, honorários, a confidencialidade da informação, bem como os limites éticos e legais. Não hesite em solicitar mais informações se não estiver completamente esclarecido/a.


Chegar à primeira sessão de psicoterapia é sempre o que custa mais. Decidir a que psicólogo/a ir, pensar no que se vai dizer, como vai correr, o que é que se estará à espera de ouvir, será que o que se vai dizer faz sentido, etc. É importante sentir-se à vontade, para que à medida que consiga, não deixe nada por dizer. Nada do que partilhar na consulta será criticado, julgado ou divulgado. Todas as informações recolhidas têm como objetivo uma avaliação adequada e uma melhor compreensão das suas dificuldades, e serão sempre tratadas como sendo confidenciais.

Claro que como em qualquer atividade humana, a relação terapêutica que se cria na consulta dependente da empatia e confiança que se estabelece. Sabemos que poderá nem sempre acontecer devido a características específicas que são diferentes de pessoa para pessoa, ou devido a expectativas que podem mudar ao longo processo. Nessas situações poderá partilhar comigo as suas dificuldades para que o/a encaminhar para outro/a colega que o/a possa ajudar, ou não desista por si mesmo/a de encontrar alguém com quem melhor se identifique!

As consultas são sempre realizadas mediante marcação e confirmação prévia e agradeço que caso seja necessário remarcar informe com um mínimo de 24h de antecedência.


Nota: Crianças e adolescentes
Na primeira consulta é necessário que acompanhem os pais (ou seus representantes legais) da criança ou adolescente. No caso de responsabilidades parentais diferenciadas por questões de separação ou divórcio, é exigido o conhecimento e consentimento prévio de ambos para a marcação da consulta. Caso se considere pertinente, poderão ser também contactados outros familiares ou pessoas significativas na vida da criança ou do jovem, de forma a completar ou acrescentar informações.



Como posso ter a certeza que uma pessoa é mesmo psicólogo(a)?
Para o exercício da psicologia, em Portugal, é obrigatório o(a) psicólogo(a) estar inscrito(a) na Ordem dos Psicólogos Portugueses e possuir Cédula Profissional. A cédula é um documento com elementos únicos e intransmissíveis, que identificam o(a) profissional, nomeadamente: número de cédula, nome completo e nome profissional. Pode confirmar no site da OPP a inscrição de um/a psicólogo/a na Ordem.

Os psicólogos estão obrigados a manter a confidencialidade do que lhes é dito em contexto clínico? Há exceções?
Sim, os psicólogos estão obrigados a manter a confidencialidade em contexto clínico. Tudo o que lhes é revelado em consulta deve ser mantido em confidencialidade, com algumas excepções relacionadas com a existência de um risco e/ou perigo de vida imediato para o próprio e/ou outros. Em nenhuma circunstância o psicólogo deve facultar, a quem externo ao processo, lhe solicita, qualquer informação relativa a um acompanhamento psicológico, a não ser que para isso seja mandatado pelo seu cliente.


Em que é que um psicólogo é diferente de um médico psiquiatra?
O psicólogo não é médico. O psicólogo tem um tipo de intervenção diferente da de um psiquiatra, nomeadamente: técnicas de diagnóstico próprias, instrumentos de avaliação próprios, e uma intervenção centrada na relação terapêutica, não receitando qualquer tipo de medicamentos. A psicologia acompanha diversos tipos de problema, independentemente da origem ser fisiológica/orgânica, existencial, traumática.
A Psicologia é uma ciência, que utiliza o método científico, técnicas próprias, sem recorrer a medicação, com psicopatologias devidamente diagnosticáveis, em que as perturbações são avaliadas através de instrumentos previamente validados, específicos e mensuráveis, e intervencionadas através de técnicas validadas cientificamente. A intervenção é sempre feita com base em pressupostos científicos, independentemente da perturbação ou da fase de vida específica (ou episódio isolado) pela qual a pessoa está atualmente a atravessar. Qualquer pessoa sem nenhuma perturbação diagnosticada poderá beneficiar de uma intervenção psicológica aumentando o conhecimento de si própria ou trabalhando qualquer tipo de questões vivenciais (existenciais).


Quanto tempo demora um acompanhamento psicológico?
O tempo de acompanhamento psicológico depende do problema que está a ser tratado, não havendo, por isso, um tempo mínimo e máximo estabelecido, mas será uma questão que pode e deve ser discutida com o seu psicólogo no início do processo psicoterapêutico.

Os pais/cuidadores devem ou não estar presentes nas consultas de psicologia do filho/criança ao seu cuidado?
Depende da situação. O psicólogo deve usar o seu julgamento profissional para salvaguardar a confidencialidade dos dados que lhe são fornecidos durante a consulta. No entanto, não deve impedir, aos pais/cuidadores, o acesso a dados fundamentais que promovam a melhoria da qualidade de vida da criança.

Sempre que são aplicadas provas de avaliação por parte de um psicólogo, o resultado das mesmas é confidencial?

Os resultados da aplicação de provas de avaliação psicológicas são propriedade do cliente. O ideal será o cliente tenha acesso aos mesmos através do psicólogo ou de outro por si indicado, no sentido de evitar más interpretações.


Informação oficial da área de apoio ao utente da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) disponível em: www.ordemdospsicologos.pt/pt/apoio_utente





Inês Vinagre. Com tecnologia do Blogger.

Marcar consulta






Theme Designed By Hello Manhattan
|

copyright Inês Vinagre

copyright Inês Vinagre